30 junho 2011

Gostasses De Mim - Angélico Vieira

                 


Caem várias flores no meu jardim
Algumas delas até bem bonitas
Mas existe uma em especial
Que eu quero só para mim


Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é: o segredo fundo do mar
É engraçado como a vida nos prega partidas
Quanto mais fortes pensamos que somos

Caímos em armadilhas
No problem, no preocupações
É como eu tento viver minha vida
Mas cruzei-me como um girassol

Que colocou meu coração
Num beco sem saída
Caem várias flores no meu jardim (no meu)
Algumas delas até bem bonitas ohhh(bem bonitas)

Mas existe uma em especial
Que eu quero só para mim
Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é: um segredo fundo do mar (segredo, segredo, segredo)

Um segredo fundo do mar (segredo, segredo, segredo)
Confesso que não estava prevenido (prevenido)
Amar alguém e não ser correspondido ohh no, no, no, no, no
Eu nem sequer tive chance de a mostrar

Que o meu fogo tem chama verdadeira
Por mais que eu tente, e eu tento demonstrar
Ela foge
Diz-se não acreditar

Ela diz-se não acreditar
Eu gostava que gostasses de mim
Ela diz-se não acreditar
Acredita

Ela diz-se não acreditar
O que eu sinto por ti é verdadeiro
Ela diz-se não acreditar

Eu gostava que gostasses de mim
Gostasses de mim
Que gostasses de mim
Gostasses de mim

Gostasses de mim
Caem várias flores no meu jardim
Algumas delas até bem bonitas
Mas existe uma em especial

Que eu quero só para mim
Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é: o segredo fundo do mar
Essa flor não me deixa a conquistar

Ela é: o segredo fundo do mar
Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é: o segredo fundo do mar
Segredo.... Fundo do mar...

                 Angélico Vieira morreu aos 28 anos, em 2011-06-28

                              A minha singela Homenagem

                          A  morte ceifou o homem na flor da 
                           juventude,  mas a obra perdurará
                                          ADEUS 
                                               =
                 O tipo de tchau mais triste que existe


  E é como ele diz nos versos: 

            `` É engraçado como a vida nos prega partidas

               Quanto mais fortes pensamos que somos

                   Caímos em armadilhas.´´

                                                                           

29 junho 2011

Canção do subúrbio por Eleutério Sanches

Canção do subúrbio

Cubatas velhas vermelhas
do solo velho vermelho,
e a chuva tamborilando
por cima do zinco velho

e a minha velha lavando
na velha celha cantando
já não há mais folhas secas
sobre o zinco das cubatas,

umas o vento as levou
outras são velhas canoas
sobre as vermelhas lagoas,
que a chuva improvisou

e onde o neto da ximinha
xapinha contente e nu"


Por: Eleutério Sanches -- Angola 
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Em 1935,Nasce em Luanda Eleutério Rodrigues de Sá e Sanches, revela-se 
na interpretação e na composição  musical, na pintura   no desenho e teatro
quando ainda era estudante do Liceu, 
Pertenceu ao Grupo Experimental de Teatro jograis de Angola.                                                                                                                                                                                                                           

Participou em várias exposições colectivas, em Luanda, fez Teatro Radiofónico 
na antiga Emissora Nacional. 

Recentemente lançou (livro) e um álbum de nome: Serenata Luanda


                                                                           
                                                                                 

HOSPITALIDADE de Namibiano Ferreira

     HOSPITALIDADE
               Poema de:
                       Namibiano Ferreira    
                                       

Irmão,
a noite cai no caminho
da tua viagem.
Ofereço-te meu fogo
e meu lar.
Longa é a noite
na ronda de mabecos

e chacais.
Entra, chega-te
à fogueira
trazendo a paz
no pó dos teus pés
sendeiros
e abraça a paz
da minha oferta.
Sobre o luando
a partilha
do que nos dão
os Deuses:
fundji bombó
feijão d’óleo de palma
kissângua
de refrescar a alma
frutas suculentas
coloridas
sape-sape gajajas
mangas
maboques pitangas.
Depois...
dançaremos roda
nos olhos quentes
da noite
à fogueira
do ritmo muxima
dos tambores
e das palmas cadentes
das mulheres
a dançar
o semba desejo
do corpo másculo
homem sendeiro
a desejar
o mistério quente
sumaúma do amor
e do corpo húmido
de uma mulher...

16 junho 2011

Uma lição de vida - Charlie Chaplin (Charlot)

                                                                                      por: 
                                                                    Sir Charles Spencer Chaplin










Tentei substituir pessoas insubstituíveis    
E esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas

Quando nunca pensei me decepcionar
Mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger,
Já dei risada quando não podia,
Fiz amigos eternos,
Amei e fui amado,
Mas também já fui rejeitado,
Fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
Já vivi de amor e fiz juras eternas,
Decepcionei-me muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
Já liguei só para escutar uma voz,
Me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade
E tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi! E ainda vivo!
E você também não deveria passar.
Viva!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E a vida é MUITO IMPORTANTE para ser insignificante.
                                                           


                                                           
                                                           

10 junho 2011

DÁDIVA - Costa Andrade

     Do Poeta Angolano:
                           Costa Andrade (Angolano de Andrade)         
                                                                                                                                                                                                                     
Sou mais forte que o silêncio dos muxitos
mas sou igual ao silêncio dos muxitos
nas noites de luar e sem trovões.


Tenho o segredo dos capinzais
soltando ais
ao fogo das queimadas de setembro
tenho a carícia das folhas novas
cantando novas
que antecedem as chuvadas
tenho a sede das plantas e dos rios
quando frios
crestam o ramos das mulembas.
...e quando chega o canto das perdizes
e nas anharas revive a terra em cor
sinto em cada flor
nos seus matizes
que és tudo o que a vida me ofereceu.


Costa Andrade (Angola)

Nasceu no Lépi, Huambo/Angola, em abril de 1936

Crepúsculos - "Sunsets"

Angola Terra Linda... No Miramar !

Sol di Manhã - Ritinha Lobo

Waldemar Bastos - N´duva (Na Morte da Cantora)

A Bela Ilha da Madeira - Pérola do Atlântico

Subindo o Rio Douro - Portugal

Tabanka Djaz - Nha Corçon ... tradução PT

Waldemar Bastos - Por do Sol

Luanda Moderna - Serenata a Luanda - Eleutério Sanches