09 julho 2011

Canção Nostalgia por Carlos Burity

            
                                            Poema de: Ana Maria de Mascarenhas
                                   São dela muitos sucessos: 
                                                Maria provocação
                                                Mulata é a noite
                                                Mundo Novo
                                                Senhora da Muxima
                                                Benguela - Rua 9

                     
                    Ana Maria - certamente um dia será reconhecida!
                                                                                          


Porque foste embora assim sem nada dizer
Sem tempo sequer para um beijo
Como suportar agora tanta tristeza
Como acalmar esta ansiedade
Vivo no desejo de te ver, e não te vejo
Esta realidade vai matar meu coração
A vida não pára e na vida
Vou pelos caminhos do nada
Perdida em minha saudade
Vivo no desejo de te ver e não te vejo
Esta realidade vai matar meu coração
A vida não pára e na vida
Vou pelos caminhos do nada
Perdida em minha saudade  
Vivo no desejo de te ver, e não te vejo
Esta realidade vai matar meu coração
A vida não pára e na vida
Vou pelos caminhos do nada
Perdida em minha saudade
Canção nostalgia, canção desespero
De tudo que queria
Hoje nada espero
Fica em teu lugar a esperança do amanhã
Na flor que nascer
Na criança que sorrir
Eu estarei nos sons dos kisanjes
Nas cordas d´uma viola
Nos ritmos quentes de Angola
Eu estarei nos sons dos kisanjes
Nas cordas d´uma viola
Nos ritmos quentes de Angola
Porque foste embora assim sem nada dizer
Sem tempo sequer para um beijo
Como suportar agora tanta tristeza
Como acalmar esta ansiedade
Vivo no desejo de te ver, e não te vejo
Esta realidade vai matar meu coração
A vida não pára e na vida
Vou pelos caminhos do nada
Perdida em minha saudade
Canção nostalgia, canção desespero
de tudo que queria
Hoje nada espero
Fica em teu lugar a esperança do amanhã
Na flor que nascer
Na criança que sorrir
Eu estarei nos sons dos kisanjes
Nas cordas d´uma viola
Nos ritmos quentes de Angola
Eu estarei nos sons dos kisanjes
Nas cordas d´uma viola
Nos ritmos quentes de Angola

Canção nostalgia, canção desespero
de tudo que queria
Hoje nada espero


                 
        Canção nostalgia por Carlos Burity
Informação Faço aqui referencia a que esta letra foi escrita porUma Senhora da Musica Angolana, Ana Maria deMascarenhasPois fui colher informação à entrevista  
dada por ela a Paulo Araújo.Entrevista essa onde Ana M.
Mascarenhas diz ter cedido o poema a Carlos Burity, e que 
ela se inspirou na morte de um ente querido (o Marido) que terá morrido de ataque de miocárdio e dai esta letra de 
extrema beleza. 

Pode consultar a entrevista no link abaixo (ao minuto 28´,50´´ até 31´,35´´)
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Quer saber mais?...Siga mais este link.


                                                                                                       

07 julho 2011

Carta de um contratado * De: António Jacinto

                                               

eu queria escrever-te uma carta amor,
uma carta que em dissesse deste anseio,
deste anseio de te ver deste receio de te perder

deste mais que bem querer que sinto
deste mal indefinido que me persegue,
desta saudade a que vivo todo entregue

Eu queria escrever-te uma carta amor,
uma carta de confidências intímas
uma carta de lembranças de ti, de ti
dos teus lábios vermelhos como tacula
dos teus cabelos negros como dilôa
dos teus olhos doces como macongue
dos teus seios duros como maboques
do teu andar de onça e dos teus carinhos
que maiores não encontrei por aí...

Eu queria escrever-te uma carta amor,
que recordasse os nossos dias na câpopa
das noites perdidas no capim 
que recordasse a sombra que nos caía dos jambos
o luar que se coava das palmeiras sem fim
que recordasse a loucura da nossa paixão
e a amargura da nossa separação... eu queria 
escrever-te  uma carta amor,
que a não lesses sem suspirar
que as escondesses de papai Bombo
e que a sonegasses de mamãe Kiesa
que a relesses sem a frieza do esquecimento
uma carta que em todo o Kilombo
outra a ela não tivesse merecimento

Eu queria escrever-te uma carta amor, 
uma carta que ta levasse o vento que passa
uma carta que os cajus e cafeeiros
que as hienas e as palancas
que os jacarés e os bagres
pudessem entender
para que se o vento a perdesse no caminho
os bichos e as plantas
compadecidos de nosso pungente sofrer
de canto em canto
de lamento em lamento
de farfalhar em farfalhar
te levassem puras e quentes
as palavras ardentes
as palavras magoadas da minha carta
que eu queria escrever-te amor

Eu queria escrever-te uma carta...
Mas, ah, meu amor, eu não sei compreender
por que é, porque é, porque é, meu bem
que tu não sabes ler
e nem eu - Oh! Desespero -  não sei escrever também!
                                      
ANTONIO JACINTO (Poema) 
 TRAVADINHA - (Musica)      
 JOSE RAMOS (Voz Declamadora)                     

                                                     
                                                        

05 julho 2011

A força do amor - Roupa Nova


Abriu minha visão
O jeito que o amor
Tocando o pé no chão
Alcança as estrelas
Tem poder
De mover as montanhas
Quando quer acontecer
Derruba as barreiras...


Para o amor
Não existem fronteiras
Tem a presa quando quer
Não tem hora de chegar
E não vai embora...

Chamou minha atenção
A força do amor
Que é livre pra voar
Durar para sempre
Quer voar
Navegar outros mares
Dá um tempo sem se ver
Mas não se separa
A saudade vem
Quando vê não tem volta
Mesmo quando eu quis morrer
De ciúme de você
Você me fez falta...

Sei!
Não é questão de aceitar
Sim!
Não sou mais um a negar
A gente não pode impedir
Se a vida cansou de ensinar
Sei que o amor nos dá asa
Mas volta prá casa...

Abriu minha visão
O jeito que o amor
Tocando o pé no chão
Alcança as estrelas
Tem poder
De mover as montanhas
Quando quer acontecer
Derruba as barreiras...

Para o amor
Não existem fronteiras
Tem a presa quando quer
Não tem hora de chegar
E não vai embora
Hum! Hum!...

Sei!
Não é questão de aceitar
Sim!
Não sou mais um a negar
A gente não pode impedir
Se a vida cansou de ensinar
Sei que o amor nos dá asa
Mas volta prá casa...

Sei!
Não é questão de aceitar
Sim!
Não há nada que eu possa fazer
A gente não pode impedir
Se a vida cansou de ensinar
Sei que o amor nos dá asa
Mas volta pra casa...

Mas volta pra casa!

                                                    

03 julho 2011

Começo, meio e fim - Roupa Nova




A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa entender que um amor de verdade
É feito canção, qualquer coisa assim, 
Que tem seu começo, seu meio e seu fim


A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa aprender a começar de novo. 
É como tocar o mesmo violão 
E nele compor uma nova canção


Que fale de amor

Que faça chorar
Que toque mais forte Esse meu coração


Ah! Coração!
Se apronta pra recomeçar. 
Ah! Coração! 
Esquece esse medo de amar de novo.

                                                                                                                             
                                                                                                            

30 junho 2011

Gostasses De Mim - Angélico Vieira

                 


Caem várias flores no meu jardim
Algumas delas até bem bonitas
Mas existe uma em especial
Que eu quero só para mim


Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é: o segredo fundo do mar
É engraçado como a vida nos prega partidas
Quanto mais fortes pensamos que somos

Caímos em armadilhas
No problem, no preocupações
É como eu tento viver minha vida
Mas cruzei-me como um girassol

Que colocou meu coração
Num beco sem saída
Caem várias flores no meu jardim (no meu)
Algumas delas até bem bonitas ohhh(bem bonitas)

Mas existe uma em especial
Que eu quero só para mim
Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é: um segredo fundo do mar (segredo, segredo, segredo)

Um segredo fundo do mar (segredo, segredo, segredo)
Confesso que não estava prevenido (prevenido)
Amar alguém e não ser correspondido ohh no, no, no, no, no
Eu nem sequer tive chance de a mostrar

Que o meu fogo tem chama verdadeira
Por mais que eu tente, e eu tento demonstrar
Ela foge
Diz-se não acreditar

Ela diz-se não acreditar
Eu gostava que gostasses de mim
Ela diz-se não acreditar
Acredita

Ela diz-se não acreditar
O que eu sinto por ti é verdadeiro
Ela diz-se não acreditar

Eu gostava que gostasses de mim
Gostasses de mim
Que gostasses de mim
Gostasses de mim

Gostasses de mim
Caem várias flores no meu jardim
Algumas delas até bem bonitas
Mas existe uma em especial

Que eu quero só para mim
Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é: o segredo fundo do mar
Essa flor não me deixa a conquistar

Ela é: o segredo fundo do mar
Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é: o segredo fundo do mar
Segredo.... Fundo do mar...

                 Angélico Vieira morreu aos 28 anos, em 2011-06-28

                              A minha singela Homenagem

                          A  morte ceifou o homem na flor da 
                           juventude,  mas a obra perdurará
                                          ADEUS 
                                               =
                 O tipo de tchau mais triste que existe


  E é como ele diz nos versos: 

            `` É engraçado como a vida nos prega partidas

               Quanto mais fortes pensamos que somos

                   Caímos em armadilhas.´´

                                                                           

29 junho 2011

Canção do subúrbio por Eleutério Sanches

Canção do subúrbio

Cubatas velhas vermelhas
do solo velho vermelho,
e a chuva tamborilando
por cima do zinco velho

e a minha velha lavando
na velha celha cantando
já não há mais folhas secas
sobre o zinco das cubatas,

umas o vento as levou
outras são velhas canoas
sobre as vermelhas lagoas,
que a chuva improvisou

e onde o neto da ximinha
xapinha contente e nu"


Por: Eleutério Sanches -- Angola 
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Em 1935,Nasce em Luanda Eleutério Rodrigues de Sá e Sanches, revela-se 
na interpretação e na composição  musical, na pintura   no desenho e teatro
quando ainda era estudante do Liceu, 
Pertenceu ao Grupo Experimental de Teatro jograis de Angola.                                                                                                                                                                                                                           

Participou em várias exposições colectivas, em Luanda, fez Teatro Radiofónico 
na antiga Emissora Nacional. 

Recentemente lançou (livro) e um álbum de nome: Serenata Luanda


                                                                           
                                                                                 

HOSPITALIDADE de Namibiano Ferreira

     HOSPITALIDADE
               Poema de:
                       Namibiano Ferreira    
                                       

Irmão,
a noite cai no caminho
da tua viagem.
Ofereço-te meu fogo
e meu lar.
Longa é a noite
na ronda de mabecos

e chacais.
Entra, chega-te
à fogueira
trazendo a paz
no pó dos teus pés
sendeiros
e abraça a paz
da minha oferta.
Sobre o luando
a partilha
do que nos dão
os Deuses:
fundji bombó
feijão d’óleo de palma
kissângua
de refrescar a alma
frutas suculentas
coloridas
sape-sape gajajas
mangas
maboques pitangas.
Depois...
dançaremos roda
nos olhos quentes
da noite
à fogueira
do ritmo muxima
dos tambores
e das palmas cadentes
das mulheres
a dançar
o semba desejo
do corpo másculo
homem sendeiro
a desejar
o mistério quente
sumaúma do amor
e do corpo húmido
de uma mulher...

16 junho 2011

Uma lição de vida - Charlie Chaplin (Charlot)

                                                                                      por: 
                                                                    Sir Charles Spencer Chaplin










Tentei substituir pessoas insubstituíveis    
E esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas

Quando nunca pensei me decepcionar
Mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger,
Já dei risada quando não podia,
Fiz amigos eternos,
Amei e fui amado,
Mas também já fui rejeitado,
Fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
Já vivi de amor e fiz juras eternas,
Decepcionei-me muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
Já liguei só para escutar uma voz,
Me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade
E tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi! E ainda vivo!
E você também não deveria passar.
Viva!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E a vida é MUITO IMPORTANTE para ser insignificante.
                                                           


                                                           
                                                           

10 junho 2011

DÁDIVA - Costa Andrade

     Do Poeta Angolano:
                           Costa Andrade (Angolano de Andrade)         
                                                                                                                                                                                                                     
Sou mais forte que o silêncio dos muxitos
mas sou igual ao silêncio dos muxitos
nas noites de luar e sem trovões.


Tenho o segredo dos capinzais
soltando ais
ao fogo das queimadas de setembro
tenho a carícia das folhas novas
cantando novas
que antecedem as chuvadas
tenho a sede das plantas e dos rios
quando frios
crestam o ramos das mulembas.
...e quando chega o canto das perdizes
e nas anharas revive a terra em cor
sinto em cada flor
nos seus matizes
que és tudo o que a vida me ofereceu.


Costa Andrade (Angola)

Nasceu no Lépi, Huambo/Angola, em abril de 1936

Crepúsculos - "Sunsets"

Angola Terra Linda... No Miramar !

Sol di Manhã - Ritinha Lobo

Waldemar Bastos - N´duva (Na Morte da Cantora)

A Bela Ilha da Madeira - Pérola do Atlântico

Subindo o Rio Douro - Portugal

Tabanka Djaz - Nha Corçon ... tradução PT

Waldemar Bastos - Por do Sol

Luanda Moderna - Serenata a Luanda - Eleutério Sanches