19 outubro 2011

Viriato Cruz - Makèsú

Makèsú

- "Kuakié!... Makèzú..."
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O pregão da avó Ximinha
É mesmo como os seus panos
Já não tem a cor berrante
Que tinha nos outros anos.


Viriato Cruz - Namoro

Namoro



Mandei-lhe uma carta em papel perfumado
e com a letra bonita eu disse ela tinha
um sorrir luminoso tão quente e gaiato
como o sol de Novembro brincando de artista nas acácias floridas
espalhando diamantes na fímbria do mar
e dando calor ao sumo das mangas.
sua pele macia - era sumaúma...
Sua pele macia, da cor do jambo, cheirando a rosas
tão rijo e tão doce - como o maboque...
Seu seios laranjas - laranjas do Loge
seus dentes... - marfim...

   

18 outubro 2011

Malangatana - Amor Verde



Amor Verde

Porque o amor não é sempre verde
que bom quando verde é
nem quero que mudes de cor
ó amor verde, verde, verde
ele é tão bom, bom, bom


Na cama quando passei a primeira noite
senti-me feliz quando corria dentro dela
a lágrima que nos fez amigos infinitos
porque dela veio quem nos chama: Papá e Mamã
o nosso primeiro filho, tão lindo, lindo.
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08 outubro 2011

Testamento de Raul Indipwo

Testamento de Raul Indipwo                                                                     

A quem a saudade tiver cegado
Deixo os meus olhos tristes da distância                                      
Por todos estes anos afastado
Da terra céu e mar da minha infância                                



A quem o silêncio tenha ensurdecido
E não tenha escutado nunca o mar


Posso deixar o meu ouvido
Com Iemanjá e buzios a cantar


E a terra o meu corpo não engula
Para que não fique o marco de saudade                                    
Que me ponham numa pira de takula
E me queimem com acácias de verdade


Que Deus ao vento dê a minha alma
Para que ela em cada entardecer
Venha embalar com uma canção de calma
A terra amada que me viu nascer


(Raul Indipwo)

  

05 outubro 2011

Galinha d’Angola



Porquê a Galinha d’Angola tem pintas brancas?






Os mais antigos contam que esta história aconteceu durante uma das piores secas ocorridas nas savanas ao Sul da África.


O sol, inclemente, castigava todos os seres vivos: plantas e animais.




Alda Lara - Testamento


                                                                                               
À prostituta mais nova 
Do bairro mais velho e escuro, 
Deixo os meus brincos, lavrados 
Em cristal, límpido e puro...



E àquela virgem esquecida 
Rapariga sem ternura, 
Sonhando algures uma lenda, 
Deixo o meu vestido branco, 
O meu vestido de noiva, 
Todo tecido de renda...


Este meu rosário antigo 
Ofereço-o àquele amigo 
Que não acredita em Deus...


E os livros, rosários meus 
Das contas de outro sofrer, 
São para os homens humildes, 
Que nunca souberam ler.


Quanto aos meus poemas loucos, 
Esses, que são de dor 
Sincera e desordenada... 
Esses, que são de esperança, 
Desesperada mas firme, 
Deixo-os a ti, meu amor...


Para que, na paz da hora, 
Em que a minha alma venha 
Beijar de longe os teus olhos,


Vás por essa noite fora... 
Com passos feitos de lua, 
Oferecê-los às crianças 
Que encontrares em cada rua..


Crepúsculos - "Sunsets"

Angola Terra Linda... No Miramar !

Sol di Manhã - Ritinha Lobo

Waldemar Bastos - N´duva (Na Morte da Cantora)

A Bela Ilha da Madeira - Pérola do Atlântico

Subindo o Rio Douro - Portugal

Tabanka Djaz - Nha Corçon ... tradução PT

Waldemar Bastos - Por do Sol

Luanda Moderna - Serenata a Luanda - Eleutério Sanches